27- Constelação
desatando os nós
São as contagens
de fases metabolizando
o inconsciente desejo
assoviado pela razão
da matéria buscando
vocábulos
São as comunicações
distribuidas aos poros
do corpo em ensaios
de fusão, a força vital
das conversões
despropositadasdas múltiplas
espansões violentadas de atribuições
potencialisticas do astro HOMEM."
Jaqueline Bezerra (Jaque)
26- Gestação
"Nos intantes calorosos
entrelaçamos as mãos
na cumplicidade dos desejos
Damos e recebemos as cargas
de aurea da profunda modernidade
da concepção e concebemos.
As primeiras inquietações
As primeiras tranformações
providênciam as vibraçoes do toque
que vem do dentro, do dentro
Somos a casa armada que guarda, que protege..."
Jaqueline Bezerra (Jaque)
25- Desejo
"Os ensaios ajustados pelas palavras
provocam escândalos, contorcem pensamentos
A conciência amacia o peso da intimidade
As inseparáveis pluralizações dos desejos
são os resumos da percepção das vontades
expulsas e concebidas em verdades,
consumidas pelas possibilidades."
Jaqueline Bezerra (Jaque)
24- Passagem
Não esteja preso as sinopses
O tesouro da compreensão
São as tréguas do esquecimento
Que multiplique-se o visível e o audível
Que a opressão relate as formas dos amantes
Que o empoeirado balsamo do tédio
Comande a autofagia da desilusão.
Aqueles que ruminam nos convidam
Ao engano da solidão
Jaqueline Bezerra (Jaque)
23- Palco
O teatro é uma parte da arte que me seduz a viver qualquer aventura. Nele sou mono, sou di, sou multi...
"Quando dibuiamos a constelação
e enxergamos por trás das cortinas
Lançamos por sobre as máscaras
volumes de palavras vestidas de letras
Desaprumamos ouvidos de marionetes
Engravidamos figurinos na moldura
cega esfregando graxa
Damos ao cérebro lábios
que preenchem pentagramas
Derriamos as luzes que engolem
as infiltrações do mundo..."
Jaqueline Bezerra (Jaque)
22- Acaso de encontro
Minhas passagens pelas
brechas curvas
suspensas no acaso
Despiu minha sensatez
Embreagou meu instinto
Camuflou a tentação
Se teus olhos serrados
marcam um alguém
Que este alguém vaporize
em respingos que agrade minha pele
Sou toda desejo
Transpiro trocas de olhares
engolidos pelas vogais
Mastigo os passos invisíveis....
Jaqueline Bezerra (Jaque)
21- Reprodução
"Estou parindo
a necessidade de comunicação
Meu cerebro tem mãos
que permitem tirar ou
por pedaços de labirintos
Quero estar entre os loucos
pra ser mais humana
Quero a osmose da insanidade
Libertemos o orvalho gravido
pois tive um parto para dentro."
Jaqueline Bezerra (Jaque)
20- Ponto Correto?
parece nos reabastecer
de lembranças e sutilidades
as emoções que cortam
como bisturi
através das interpretações
nem sempre sábias.
As cavernas que concebem
crateras nos designam
representações resabiadas
de arestas cardinalmente
triangulizadas nos pontos
das vétices resultando
Nos poros descascados em sementes
revelados em empretuosas resalvas
alimentadas pelos impulsos
castrados pela racionalidade
As ânseas resgatadas em continuas
reticências são pontos rabiscados
em papel vestido de contágios
papilares de desordem caótica.
Ninguém define olhares
nem descrições só sentidos indescritamente
manipulados pelos pulsos sanguineos
torneados de sabores a degustar no
tempo inversamente correto.
Jaqueline Bezerra (Jaque)
19- Invasão
Revelam pinturas mastigadas
Pelo desejo
Minha leitura sem legendas
Revela as curvas palpadas
Tempos verbais
Dicipados em essências
Devorado como alimento
Embreaga meus sentidos
Jaqueline Bezerra (Jaque)
18- Borrão
O mistério revelado em tempo.
O ruído e os efeitos
diladados em reflexos
contagia a fraude dos
impulsos
Atribuições
conduzidas em
movimentos dispares
Contemos passos idênticos
no iludir do tempo na hora
em que colhermos do bolso
os pedaços de vogais
emagadas pela arrogância
das horas
Essa tão nova poesia
me fica o ensurdecedo silêncio
alto gritante absorvido
pelo produto imaginação.
Jaqueline Bezerra ( Jaque)
17- Nascente
e em pingos formam palavras
que escorrem frases
destinadas ao desejo,
e brilham aos olhos de tudo
e de todos os encantos que
só a natureza é capaz de traduzir
em formas sinuosas
de tempos retorcidos"
Jaqueline Bezerra - Jaque
16- Mas alguns poucos são poéticos
resignifiquemos até virarem prosas e darem flores
de outono no inverno
nossa poesia solta verbos gritados afônicamente,
pelas veias da magia dos pés do rio,
saculejo destemido a distância pauseando
o momento num instante de longevidade...
Viva a poesia!
E suas viscosidades aladas
alçadas no desejo na criatividade e no caos magnifico
da incerteza
E se a poesia tiver braços e pernas estaremos lascados...
porque andamos com dificuldade por sentirmos o peso dela...
E se nosso imaginário for considerado patético,
Estamos fritos porque estamos com desejo de ter cristais de brilhantes diamantizados...
As recíprocas instantâneas são os melhores cruzamentos...
Essa frase parece uma reticências enorme...
Nada melhor do que uma grande e infinita reticências
Desenhos de significados inoportunos implodidos na pele...
lembro dos traços melodicos sinuosos dos contornos debruçados sobre minha perna, contato extenso...longo...intenso...imenso
eram os saltos dos elétrons orbitários irradiados das perolas
O intento de adentrar cada vez mais na intensidade dos sentires
chegando no campo imaculado do nada...
o nada que é a resposta do tudo
depois de chegar a coisa alguma...
reticências da poesia ao cubo, centrado no quadrado da hipotenusa
passado o êxtase no limiar da manhã se abrindo a faca
o polígono das intensões na raiz quadrada dos sentidos na matriz das cópias na determinante do caminho no suor da poesia
e na lágrima das palavras..
No fervor da maresia e no ardor da realidade sombria
que castra os verbos pouco consultado pelo desejo..
Marcondes Brito ( Zeus) & Jaqueline Bezerra (Jaque )
15- Seguimentos de Partes
Partes,
o momento em que há grama verde
improvisando seu lamento,
minha porta não tem vez,
nem consolo
Meu caminhar acompanha
o cortezo do fundo passo
descompassado do renascimento
Minha tristeza mora num canto
guardado da favela,
as vezes ela sai por aí...
assimilando sua própria realidade
Propriedade das veias descascadas
de uma árvore onde corre o suor
do sangue dos dentes ferozes da
sobrevivência, marco da insexistência
debruçada sobre os pilares de raízes
incaliçadas no inconsciente solo
alimentado pela ganância dos poros
é a vida tentando surgir depois da
Morte.
Jaqueline Bezerra ( Jaque)