Mas os moleculemos até virarem poesia
resignifiquemos até virarem prosas e darem flores
de outono no inverno
nossa poesia solta verbos gritados afônicamente,
pelas veias da magia dos pés do rio,
saculejo destemido a distância pauseando
o momento num instante de longevidade...
Viva a poesia!
E suas viscosidades aladas
alçadas no desejo na criatividade e no caos magnifico
da incerteza
E se a poesia tiver braços e pernas estaremos lascados...
porque andamos com dificuldade por sentirmos o peso dela...
E se nosso imaginário for considerado patético,
Estamos fritos porque estamos com desejo de ter cristais de brilhantes diamantizados...
As recíprocas instantâneas são os melhores cruzamentos...
Essa frase parece uma reticências enorme...
Nada melhor do que uma grande e infinita reticências
Desenhos de significados inoportunos implodidos na pele...
lembro dos traços melodicos sinuosos dos contornos debruçados sobre minha perna, contato extenso...longo...intenso...imenso
eram os saltos dos elétrons orbitários irradiados das perolas
O intento de adentrar cada vez mais na intensidade dos sentires
chegando no campo imaculado do nada...
o nada que é a resposta do tudo
depois de chegar a coisa alguma...
reticências da poesia ao cubo, centrado no quadrado da hipotenusa
passado o êxtase no limiar da manhã se abrindo a faca
o polígono das intensões na raiz quadrada dos sentidos na matriz das cópias na determinante do caminho no suor da poesia
e na lágrima das palavras..
No fervor da maresia e no ardor da realidade sombria
que castra os verbos pouco consultado pelo desejo..
Marcondes Brito ( Zeus) & Jaqueline Bezerra (Jaque )
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Exposição: Antonio Júnior
Num passeio pelos Interiores